sexta-feira, 8 de maio de 2009

Novidades quentes!

Estava almoçando (na correria, como sempre) quando me chamaram. Era uma notícia, via telefone que me fez parar de comer na hora!Uma amiga que está no processo de adoção do seu segundo filho, me ligou para falar de uma menina com as características do nosso perfil (no dia anterior nos encontramos na rua e falamos um tempão sobre nossos planos). Ela foi contactada por uma mulher que faz trabalhos comunitários e que conheceu a menina num abrigo aqui da cidade.Como ela quer RN e eu uma menina entre 0 e 2,5, ela me ligou pra ver se eu tinha interesse. Pela primeira vez eu senti que a coisa é real, que sou mesmo uma aguardante! Entrei em pânico! Suei frio, senti dor de barriga e recorri ao argumento de que precisava falar com meu marido (na verdade, queria ganhar tempo para digerir a notícia). Liguei pra ele e, pra minha surpresa e felicidade, ele me aconselhou a procurar as pessoas que essa amiga tinha recomendado.
Assim fiz.
Fui ao Conselho Tutelar e soube que a menina está no abrigo há mais de um ano, ou seja, já viveu mais da metade da vidinha de 2 anos num abrigo! Os conselheiros me disseram que na verdade ela não está distituida e que pra eu adotar, teria que estar habilitada e entrar com um pedido de guarda provisória.Mas eu poderia visitar o abrigo(tenho acesso por causa do meu trabalho) sem me manifestar, claro, sobre as minhas intenções. Na hora nem pensei em ir, já que estava enfraquecida pelas notícias do Conselho.
Saindo de lá, encontrei uma amiga psicóloga que trabalho nesse abrigo ano passado. Assim que eu contei a história, ela saltou da cadeira e se prontificou a ir comigo lá. Fomos! Eu, uma pilha! Entramos, conversamos sobre os meninos abrigados(na verdade, o lugar é uma casa de apoio, onde as crianças ficam por um tempo até a família buscá-los de novo) e vi a FOFA! Ela tem cerca de dois anos e meio, é saudável, parda e com o cabelo crespo. EXATAMENTE como imagino a minha!
Enquanto íamos até a saída, o responsável pela casa nos contou que semana que vem ele vai procurar a juíza da comarca pra que ela tome providências, já que o tempo máximo de permanência de uma criança lá é de 90 dias. Falei, em tom de brincadeira, que se pudesse a levaria comigo. Ele disse que ela deve ser adotada por um casal de longe, que o pai disse que faria confusão, caso alguém levasse a menina. O interessante é que ele mora na mesma cidade e nunca a visitou.
Enfim, em poucas horas fui do extase à frustação.
De qualquer maneira vou conversar com a AS na segunda. Ela saberá me dar maiores informações sobre o caso.

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